como uma borboleta

procuro-te, bem no interior de mim. pergunto-me o que estarás a fazer agora. será que pensas em mim ou sonhas comigo?
fica sabendo então que estou a pensar em ti, no quanto era bom estares aqui a meu lado, passando a tua mão sobre o meu longo cabelo e com a outra entrelaçares os teus dedos nos meus. penso no quanto quero que isto resulte. mas o que é isso que eu chamo de "isto"?
se queres saber nem eu sei, mas faz-me sentir tão bem comigo mesma que chego mesmo a achar que já não caminho, voo.
se me destes asas, eu vou voar, mas sempre para ti. como uma pequena borboleta que pousa na mão quando encontra confiança de uma alma perdida num pedaço de matéria humana.
eu quero pousar, mas não nas tuas mãos. quero que sintas algo mais profundo, por isso desafio-me a mim própria a voar até ao teu coração. sei que não será um percurso fácil, mas também nunca disse que era.
agora lembra-te que quando eu entrar nele, esta é a tua segunda oportunidade, porque a primeira já passou e a terceira não vai existir.
p.s : adoro-te, uma semana para estares cá.  *

o riso dos pássaros

ela : cala-te e ouve o riso dos pássaros. estão-se a rir de nós, ouves?
riem-se, riem-se e não param. porquê que estas a olhar assim para mim? achas-me doida eu sei .. porque és só mais um que acha que os pássaros não sei riem e que só os Homens tem o controlo do mundo. já percebi que não passas de mais um insensível que não dá cor ao que já esta pintado, apoiando a teoria se o céu é azul é azul e mais nada.
ele : (ri-se com um brilho nos olhos, respira e fala) eu não só apenas só mais um, e os pássaros não sei riem. ou melhor riem-se, mas é só quando algo assim acontece ..
ela : o quê?
ele : quando o amor acontece, como o nosso aconteceu, eles riem-se de nós por termos aprendido a ser como eles, a única diferença é que eles voam com as asas e nós ..
ela : voamos com as nossas almas apaixonadas.
ele :  ora nem mais, e quanto a essa tese de o céu ser azul, a verdade é que ele é azul e eu não o posso pintar de outra cor, mas quando estou contigo ele fica mais azul, e sabes porquê?
ela : porquê?
ele : porque contigo tudo o que é bonito torna-se fascinante, o magico torna-se real e a minha paixão torna-se amor, mas amor mesmo, com apenas quatro letras mas escritas com o maior pormenor. e agora, achas que sou igual?
ela : nnaaa...
ele (interrompe-a) : shiu, não respondas olha só para mim, e deixa que os nossos olhos se fechem em sintonia e ouve apenas a melodia que os nossos lábios produzem quando se juntam.

(e sim, foi escrito por mim, joana pinho, nada de réplicas) 

as paredes do meu quarto

no silêncio da noite, fecho os olhos e dou por mim a voar. deitada sobre os lençóis vou deslizando as minhas pernas suavemente deixando que o teu cheiro me enlouqueça, e me dê asas.
sinto o calor no meu coração, parece que a chama que se tinha apagada com os temporais voltou a acender-se.
abri os olhos, muito devagar. fui sorrindo e abrindo como quem conta os segundos de uma vida.
dei contigo ali, a meu lado, no teu maior sono. cheguei-me para bem perto de ti, passei-te a mão entre os cabelos, e perdoa-me porque sei que detestas que te faça tal gesto, mas o meu coração queria sentir a sua textura. dou-te um beijo nesse pescoço pálido que ecoa no vazio deste quarto, que nos acolhe nas noites mais cheias de amor e por fim, entrelaço os meus dedos sobre os teus fechando os meus olhos, mas desta vez num ápice, como a rapidez de um pensamento.
aperto-te essa mão suave com força, e deixo que me tomes conta do meu pensamento. solto as promessas que ao longo dos tempos vamos soprando e deixo-me amar-te, cada vez mais e mais.
tento que ninguém saiba, mas torna-se tão impossível, que nem o medo de tropeçar e não conseguir subir a montanha mais alta não é nada em comparação ao sentimento que me fazes despertar.
e agora? deixo-me cair da montanha ou deixo-te dar-me asas para voar?
no silêncio deste quarto, dei-te a resposta, fechando os olhos e sussurrando às paredes que te adoro e cada vez preciso mais de ti, assim a meu lado.

kiss love.

o menor espaço entre dois amantes, é um beijo.
por isso fecha os olhos, dá-me a mão, aperta bem a minha, e deixa a minha alma se encontrar com a tua, sejamos só um, agora e sempre.
deixa-me saborear bem o segredo que corre nesses lábios e sentir o desejo do amor. deixa-me ser feliz aqui, contigo e deixa-me sonhar com o infinito.
chega-te bem perto de mim, e dá asas ao amor, faz com que ele te mostre o que sempre desejaste.

agora percebo porquê que a vida não pára. por muitas desilusões que possamos sofrer ela terá sempre um reconforto para nós,basta só abrir-lhe os braços para ela nos poder abraçar.
tudo o que vai e não volta, nunca foi verdadeiro, mas tudo o que vem e faz acreditar novamente que há vida depois de tantas lágrimas é meramente fascinante.

♥