menino, queres mesmo saber o que vai aqui dentro? hoje eu vou falar, sem medo, sem receios. directa no assunto, linha por linha, vou-te transpor aqui o que vai aqui dentro do meu coração.
sabes quando tens feridas que ainda ardem e que tens medo de te envolver nesse jogo mortal novamente? foi mesmo isso. o amor é um jogo, muitas vezes mortal e dada a pouca mas vasta experiência, no fim quem sai sempre perdendo sou eu. por isso é que não quis arriscar de novo, ou melhor pensei que não iria arriscar. fui dizendo não a mim mesma e não queria mais surpresas, nem mais amor, nem mais pessoas.
surpresa das surpresas foi surpreender-me a mim, pois pensava eu estar trancada a novas emoções, mas o amor é danado, como diria o caio "não tem remédio". sem dar conta eu tinha-me ligado a ti, por um fio que eu mesma ainda desconheço, amoleceste o meu coração sem eu dar conta e sem dar conta vi florir o horizonte, novamente.
tudo isto era fantástico se por ironia tivesses ficado, nem que seja mais um pouco. no entanto, apareceste para marcar mesmo da maneira mais simples e foste embora sem um único adeus. a verdade é que mesmo que ninguém saiba, eu sinto a tua falta, da tua mão bem apertada e do teu sorriso "direitinho" mesmo quando tu mesmo não sabes, eu vou sentido, mesmo não sabendo se isto é mesmo saudade ou apenas mais um dos fios enrolados no nó que é a minha cabeça.